Por Elsa Villon
Trabalho traz composições do artista nas vozes do novo cenário de cantoras brasileiras
O ano trouxe muitos discos, parcerias, tributos indies e até Paul McCartney tocando com Nirvana. E entre os lançamentos, vale destacar “Mulheres de Péricles” – e não, não estamos falando do Exaltassamba – mas sim de Péricles Cavalcanti.
Do grego “cercado de glória”, Péricles, tal como o estadista ateniense de 495 a.C, promoveu e ainda promove artes em suas mais diversas vertentes. Cantor, compositor e cineasta, o pernambucano começou bem: na década de 1970, em Londres, realizou ao lado de Gilberto Gil a trilha de Copacabana mon amour. Antes disso, em meados de 1960, também compôs para o teatro, com Asdrúbal trouxe o Trombone.
Além disso, já teve também composições gravadas por nomes como Gal Costa e Caetano Veloso e revisitado (se é que assim podemos dizer), ressurgiu das cinzas com Adriana Calcanhoto nos anos 1990.
Tudo isso para chegar até 2012, esse ano bissexto que julgam ser o último, e lançar “Mulheres de Péricles”, trabalho que traz essa nova safra de cantoras brasileiras em alta dando voz as suas canções.
Arquitetado pelo DJ Zé Pedro e Nina Cavalcanti (filha de Péricles), o disco traz 15 faixas gravadas por nomes como Céu, Mallu Magalhães, Tulipa Ruiz, Tiê, Juliana Perdigão, Ava Rocha (filha do Glauber, aquele matuto – Ava – piadinha infame, mas prossigamos), Iara Rennó, Anelis e Serena Assumpção, Laura Lavieri, Bárbara Eugênia, Bluebell, Nina Becker, Marietta Vital e Mairah Rocha, Juliana Kehl e Karina Buhr (não necessariamente nessa ordem).
No site você confere o trabalho completo, disponível para download. E para dar uma prova do que te espera, abaixo a faixa número 11, “Negro amor”, versão de Caetano e Péricles Cavalcanti da gringa de Bob Dylan “It´s all over now, Babe Blue”, regravada pela espuleta multiartística Karina Buhr:
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