Nipper, quadrinhos sobre a vida em família



Todos os países tem seus próprios Charles M. Schulz (criador do Peanults), e o Canadá não é uma exceção. Foi lá que surgiu Nipper. As tiras de Doug Wright começaram a aparecer semanalmente em 1949 na Standard Montreal Magazine e, mais tarde evoluiu para a Weekly Star Magazine e Canadian Magazine.

Há vários motivos para gostar dessas histórias em quadrinhos. A arte de Wright é encantadora. As expressões faciais das pessoas são sutis e muitas vezes essencial para entender a piada de cada tirinha. O equilíbrio entre o detalhe e a economia nos remete a um Hank Ketcham menos contundente.

Ele tem um talento para capturar a precocidade das crianças. Suas crueldades, insultos, egoísmo, medos e alegrias, além da capacidade que elas tem em expor os adultos ao ridículo.

Wright não diz abertamente o que quer dizer, em vez disso ele nos convida a mergulhar na cena e absorver as diferentes coisas que estão acontecendo em cada painel. E o mais impressionante de tudo isso é a forma como as histórias são contadas sem palavras.

A aparente simplicidade das tiras é enganosa. Muitas vezes, não está claro o que está acontecendo no início de uma faixa, mas no decorrer da tira o significado é revelado. Tudo de uma forma natural, transformando as tiras, de meras piadas em retratos de situações do nosso cotidiano.
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