Do vinil Pro Cd ou Vice e Versa... The B-52’s - The B-52’s (1979)

Por Claudio Cox

A primeira vez que eu ouvi uma música desse álbum do “BifecomChuchus” - é assim que chamamos carinhosamente a banda aqui em casa - foi na pista de um clássico bar dos anos 90 na vila Madalena em São Paulo, o “Matrix”, isso em 97 ou 98, por aí.

A música que rolou naquele dia foi “52 Girls”, a segunda faixa do lado A. Eu nunca tinha dado bola pro som dessa banda, já conhecia alguma coisa, aliás, é quase impossível ter vivido nesse planeta nos anos 80 e nunca ter escutado pelo menos uma música do B-52’s, mas nunca tive vontade de comprar um disco por exemplo. Puro preconceito, devo admitir.

Existem músicas que não poderiam ser ouvidas num volume “meia-boca”, deveriam ser proibidas até, sei lá, um dispositivo no álbum que detona se ele for tocado abaixo do volume 8. Seria demais! O som desses figuras se encaixaria fácil nessa categoria.

Esse primeiro álbum do B-52’s é de 1979 e além daquela sonoridade clássica do punk setentão, o que me chapou quando ouvi “52 Girls” foi um lance “surfgaragesixties”, uma certa “proximidade” com o som dos australianos do Radio Birdman – banda que eu tinha acabado de descobrir na época via Ratos de Porão e que não parava de ouvir – guardadas todas as proporções sonoras, ideológicas e artísticas entre as duas, é claro, mas que “Do the Pop” e “52 Girls” são farinha do mesmo saco, isso...

Enfim, fui atrás do álbum alguns meses depois, anos talvez. Eu não sabia que era o primeiro disco deles e a única pista que eu tinha era a música que havia tocado no “Matrix” naquela noite, e que eu também não sabia o nome, fácil né?! Pior que foi!

O meu último estágio na compra de discos antes da era download foi na Banca do Toninho, além de manjar muito de som, o mano descolava "quase tudo" que você quisesse, e se eu não arrumasse o play, pelo menos as informações eu levaria pra casa.

Por uma sorte tremenda, esse álbum do B-52’s tinha acabado de ser lançado em versão nacional, e por uma sorte maior ainda, o Toninho, além da capivara completa da banda e do tal álbum, tinha uns dois CDs lacrados esperando por mim. Yeah!

Consegui a versão em vinil na seqüência e por acaso, aliás, comprei os dois primeiros álbuns deles (os melhores, na minha modesta opinião) nessa tacada, num sebo de São Caetano.

“52 Girls” é figura carimbada nas minhas discotecagens por aí...
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