Por Rodrigo Roah
Em minhas incríveis viagens pelo interior de SP fiz uma descoberta incrível!
O Joãozinho é o cara!
Precisou?
Chama o Joãozinho!
Bem, vou explicar melhor essa sandice.
Há algumas semanas antes da minha viagem ao interior de São Paulo fiz uma tatuagem. Tatuagem essa elucidada em escritos anteriores.
Por conta de tal arte a pele descama, fica seca e é necessária a utilização de uma pomada cicatrizante. A minha estava no fim e precisava de outra. Fui até o centro da cidade interiorana aproximadamente às sete da noite.
O centro de tal cidade possui uma praça rodeada por incontáveis bares e quatro farmácias, além de uma enorme igreja no centro da praça.
Chegando lá percebo que todas as farmácias existentes ao redor da igreja, ou seja, todas as farmácias da cidade estavam fechadas.
Já a igreja estava aberta e cheia. Talvez esse fosse o motivo das farmácias estarem fechadas, já que todos caboclos da cidade entravam na igreja. Provavelmente na tentativa de achar a cura através da fé, já que pelo remédio seria difícil.
Perguntei a um senhor que andava pela região, um dos poucos fora da igreja, como faziam quando alguém precisava de um medicamento com urgência.
- Uai, “nóis” toca lá no Joãozinho!
O cavalheiro interiorano me disse isso como se me conhecesse e como se eu conhecesse tal figura que parecia artista de televisão. Dado o reconhecimento do fulano.
Indaguei o sertanejo novamente perguntando:
- Então o nome dele é João?
O matuto sem pestanejar responde:
- Não, não é João! É Joãozinho!
Entre tantas da prosa o velho disse que o Joãozinho era o dono de uma das farmácias e que também morava em cima do tal recinto. E as pessoas que precisavam de medicamentos com urgência tocavam lá para pedir sua dose de cura.
Como meu caso não era urgente esperei até que o amanhã se fizesse para que meu
braço conseguisse um alento de medicinal.
Mas digam meus queridos...
Nada como cidade grande e suas facilidades a qualquer hora, não é verdade? Agora se passarem por bandas parecidas e precisarem de um remédio com urgência...
Não esqueçam! Chamem o Joãozinho!
Provavelmente exista um desses por lá também!
Rodrigo Roah é jornalista, poeta e idealizador do blog As Caravelas. Twitter: @rodrigoroah