A primeira tour a gente nunca esquece!

Por Claudio Cox

Ontem (sábado 22 de setembro) foi um dos dias mais legais da minha vida, aliás, esse ano tá foda! Sai de manhã com meus comparsas de Giallos, Galvão e Tuba, e rumamos, ouvindo o novo da blues explosion para abrir os "caminho", para o jardim Elba (SP) onde iríamos fazer uma participação numa ação cultural para comunidade do bairro, mais especificamente na Rua Nova.

Depois de algumas dificuldades no trajeto, fomos salvos por um amigo que encontramos por acaso (ou não!), que nos indicou o caminho certo. Chegamos aos “45 do segundo tempo” do horário marcado para nossa apresentação, mas chegamos!

Familiarizados com a rapaziada, arrumamos as coisas e fomos conhecer o centro cultural que  alguns coletivos e voluntários mantêm (na unha!!!) lá na comunidade. Trampo lindo!!! Percebi o quanto é importante doar um pouco do seu conhecimento, habilidade, tempo, enfim... O buraco não é tão fundo assim, basta querer e não achar que tudo é de responsabilidade do poder público.

Tocamos como se aquela fosse a primeira apresentação das nossas vidas, foi emocionante!!! É louco ver como a música tem o poder de unir as pessoas, fazer música é muito mais que bu$iness e todas essas merdas, e não importa o estilo, pode ser rap, dub, rock, punk, clássica, salsa, sei lá, se ela vir da alma ela vai bater no peito...

Saímos às 16hs da Rua Nova ainda bestas com a experiência e rumamos para a segunda etapa,  uma apresentação numa feira de cultura independente num pequeno e aconchegante estúdio bar, ali na divisa de Santo André com São Caetano do Sul. Achamos o pico fácil dessa vez, estacionamos o Tubamóvel e fomos encher o bucho numa pastelaria em frente.

Muito bem recepcionados por um dos organizadores, Eduardo, adentramos no recinto e fomos montar o nosso "estranho" set (seríamos a primeira banda da noite). Depois do trampo feito, fomos guardar as tralhas, tomar uma cerva e também dar uma sacada na feira. Discos, livros, camisetas, zines, quadrinhos, canecas personalizadas e mais um monte de coisa legal... Tipo o paraíso para pessoas como eu!

O show estava marcado para começar às 18hs, mas como o público ainda estava chegando, o Eduardo pediu pra dar uma atrasadinha. Começamos um pouco depois das 18:30hs com a sala ainda vazia.  Com o barulho colou uma rapaziada pra ver o estava pegando. Tocamos uns 40min e foi uma sessão daquelas, o Tuba quebrou quase todas as baquetas que tinha levado, acho que sobrou só um par, foi demais!

Fomos para mais uma cerva, agora a famosa "pós-show". A receptividade do pessoal que tinha visto a nossa apresentação foi bem legal, ficamos ali na conversa esperando a apresentação do W.A.C.K, banda do nosso chapa Deni Roque.

Primeiros acordes soando, fomos pra sala (já lotada) ver a sessão do W.A.C.K. (We Are All Cockney Kids), que além do Deni tem a ilustre presença do Mauro (ex- guitarra dos Garotos Podres). O som dos caras é “Oi!” clássico inglês característico do final dos anos 70, influenciados pelo ska jamaicano, enfim, eu não sou nenhum especialista, pra mim é punk rock dos bons e foi isso que saiu das caixas.

Quase 21hs, eu e Tuba resolvemos bater em retirada, corri pra pegar uma caneca do “Elvis the Pelvis” de presente pra minha amada, Galvão ficou pra “mais uma” com uns amigos que tinham acabado de chegar. No caminho de volta, eu e Tuba falamos sobre o rolê do dia e de tudo isso que acabei de relatar, na despedida uma frase: “Foi louco, precisamos de mais disso!”. 

Amém!

PS: Ainda não tenho nenhuma foto ou vídeo da saga, mas assim que conseguir postarei...
Share: