Por Marcelo Mendez

Afinal de contas, todas as vezes que se fala de jazz, já sabe:
Dizzy, Parker, Miles, Bud Powel, Lester Young, Max Roach, Bem Webster, Horace Silver... Todas as benditas vezes que vamos falar de Bebop, (ou de jazz, mesmo que genericamente), esses são os nomes citados.
Agora eu quero falar de um nome fundamental para a história do jazz que pouca gente conhece ou, quem conhece faz questão de “esquecer”. Kenny Dorhan é o cara de hoje em nossa coluna Álbuns Clássicos com seu fabuloso disco de 1963, o dadivoso UNA MAS!
Dorhan, nasceu Howard McKinley em Fairfield, Texas no ano da graça de 1924. Por um desses motivos não muito cristãos, uma moça de comportamento duvidoso do Brooklin deu-lhe esse nome Kenny Dorhan e os porquês não vem ao caso... Mas com essa alcunha, Dorhan que começou a vida musical como pianista, tornou-se uma dos mais requisitados músicos do bebop.
Musico de técnica apurada e espontânea, sem frescuragens e pirotecnias, Dorhan fazia o satanás por todas as escalas melódicas possíveis e imagináveis, com uma fraseado muito rápido e quebrado que resultava num ritmo alucinante.Passou por bandas de caras como Dizzy Gillespie, Billye Eckstine, Lionel Hampton, Mercer Ellington, Charlie Parker e toda a fina flor do jazz
Em 1955 entra para o seminal JAZZ MESSENGERS de Art Blakey substituindo Clifford Brown e de lá, só sai para montar seu próprio grupo e botar em prática suas ideias concretas e inovadoras para o trompete em 1957. Com todas essas experiências e estudos, Kenny começa a pensar o projeto que resultaria no disco mais emblemático de sua carreira. Uma Mas chega em 1963 com tudo que um disco bom precisa...
Um grande time de músicos:
Além de Dorhan, a banda conta com Joe Henderson, Butch Warren, Herbie Hancock e Anthony Willians. Ta bom pra você? Não sabe? Segue aí o link e uma ótima chance descobrir.
No player, vamo deixar pra vocês a quebradeira master UNA MAS e nas capas ae o linkão e então já sabem:
Tasca o play e perigas ver....
Marcelo Mendez é colaborador do Pastilhas Coloridas, filho da Dona Claudete, escritor e um dos responsáveis pelo cineblog Bandidos do Cine Xangai.