Ajuda que não chove em Canudos

Por Elsa Villon

Mais uma vez, o Pastilhas Coloridas cede um espaço aqui para falar do Projeto Canudos. A falecida coluna Elsaclides da Cunha vai virar documentário, e logo mais teremos novidades a respeito. 

Mas a bem da verdade, a proposta é a seguinte: dia 23 de junho de 2013, eu, alunos e professores da Universidade Metodista de São Paulo e da Faculdade de Medicina do ABC partimos mais uma vez para a cidade histórica. O objetivo? Dar continuidade ao processo de pesquisa na área da saúde da população de Alto Alegre, conhecida como Canudos Velho, no sertão baiano.

E por que diabos vocês precisam saber disso? Elementar, meus caros: a gente precisa de ajuda. Financeira, sim, mas também qualquer ajuda que vocês possam e queiram oferecer. Doações de matérias escolares – parte para nós, do projeto, a restante para as crianças, que ainda não receberam material escolar.

Atendimentos duraram quase 10 dias e não foram suficientes
Doações de alimentos não perecíveis: arroz, feijão, macarrão, óleo e outras coisas mais – exceto sal e açúcar. Isso é para nós mesmo, afinal, partimos com dinheiro contado e as despesas com alimentação são altas. A equipe tem em torno de 45 pessoas e pretendemos ficar 15 dias hospedados gratuitamente na casa de nossas mães baianas. E isso, é de valor imensurável. Essas pessoas abrem suas casas e suas vidas para nos receber, sem pedir nada em troca. E o mínimo que podemos fazer é levar algo em troca para eles.

Medicamentos e materiais de saúde: luvas, remédios de uso habitual dentro da validade, kits de higiene bucal – toda e qualquer ajuda é válida. Quem quiser ajudar, de fato, pode doar uma escova de dente, um creme dental, alguma coisa que nos ajude no processo de reeducação bucal da população.

A cidade mais próxima para qualquer atendimento é Bendegó, há aproximadamente 10 km do distrito. E o atendimento em saúde, é... Bem, vamos nos focar que eles não tratam cáries, arrancam dentes. Quanto mais dentes salvos, melhor.

A benzedeira cura o que a prefeitura não consegue curar
Aqui tem uma relação de como ajudar:

1. Materiais de escritório (folha sulfite, caneta, lápis, clipes, grampeador, borracha, canetinha, cartolina, cola etc)
2. Materiais escolares (cadernos, lápis de cor, caneta, lápis, borracha etc)
3. Materiais Higiene Pessoal (sabonete, xampu, esponja etc)
4. Alimentos não perecíveis. ·.

As doações podem ser entregues no escritório dos Projetos de Extensão da Faculdade Metodista de São Paulo, localizado no bairro Planalto, em São Bernardo do Campo. Também podem ser feitas no COMEX da Faculdade de Medicina do ABC, bairro Príncipe de Gales, em Santo André. Para maiores informações, entre em contato com o Professor Victor Bigoli, coordenador do Projeto Canudos e curta a página.

Seu Henrique é o último descendente
direto de um Conselheirista
De antemão, já temos ajuda de algumas empresas e instituições que merecem menção pela ajuda sem qualquer indício de assistencialismo ou publicidade. São elas:

Faculdade de Medicina do ABC, Instituto Brasil Solidário (IBS), Heraeus Kulzer, Dental Atlantics, Dental Balaguer, Descarpack, Colgate e a Rosa de Ouro Comunicação. Além do Pastilhas Coloridas, é claro.

Se você sempre quis ajudar, e é como o Senhor Pink em “Cães de Aluguel” – que não dá gorjetas e tem medo de moradores de rua,  essa é uma boa oportunidade de ajudar alguém que precisa de verdade sem assistencialismo.

Resumindo: não ensine a pescar, não dê o peixe e tão pouco a vara: aprenda como eles pescam, ajude-os a pescar melhor e a construir às próprias varas e redes.

Para saber mais, continue acompanhando as pastilhas mais venenosas e coloridas do ABC.

Elsa Villon é colaboradora do Pastilhas Coloridas, jornalista e fotógrafa viciada em café, cinéfila, adora Beatles e cheiro de pão saindo do forno. Twitter: @elsavillon
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