O Rock de mullets dos Sharpies na Austrália dos 70's


Quando você acha que já tem catalogadas em seu cérebro todas as sub-culturas do roquenrol, de repente se depara com algo que nunca tinha sequer ouvido falar. Imaginem um grupo de adolescentes que fizeram algo totalmente reconhecível, mas completamente regional...

Os "sharpies" da Austrália (não confunda com os skinheads anti-racistas chamados "sharpes") eram um pouco como skinheads ingleses. Grupos de adolescentes da classe trabalhadora que vestiam-se de maneira semelhante para serem identificados como parte do movimento ou mesmo com uma gangue sharpie mais específica.


No caso dos homens, além da maneira de se vestir - que basicamente consistia em camiseta, calças jeans, suspensório e bota - havia mais um componente de identificação, o corte de cabelo. Na frente a franja bem rente e na parte de trás todos ostentavam belos mullets. As garotas usavam saias plissadas, mini-saias e salto alto.

Como skinheads, os sharpies eram jovens em grande parte descontente com o sistema, e violência das gangues era fortemente associada ao seu estilo de vida. Mas as semelhanças param por ai, já que o som deles destoa do som dos skinheads. Ao invés do ska, rocksteady, reggae, o som dos sharpies ia mais para um blues duro feito por garotos brancos, acid rock, glam e até power pop.



Uma das bandas expoentes desse movimento foi a Coloured Balls, que lançou em 1973 o álbum "Ball Power". Abaixo você pode conferir uma play list com algumas das faixas desse disco e a seguir um vídeo onde você pode aprender a dançar como eles... 
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